Comunicado Importante - 3 contos do blog serão publicados

É com muito orgulho que venho anunciar, que eu Debby Lennon e Sandra Franzoso iremos participar da antologia Jogos Criminais. A Antologia será lançada no dia 15/01/2011, Na Biblioteca Viriato Correa, situada a Rua Sena Madureira, 298 - Vila Mariana. Meus contos Anjo Perdido e Joana e Maria, já foram postados aqui no blog e agora está aperfeitoado e com mudanças no final,o mesmo acontece com o conto O Noivado da Sandra. Maiores informações em breve.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Apenas Ela!

Eu era menino. Ela uma linda mulher. Linda e mandona demais eu diria. Se bem que eu adorava até o seu jeito dominador. Ela sabia o poder que exercia sobre o seu moleque franzino, eu. Ela sabia que perto dela eu ria à toa e chorava à toa também. Ela sabia que sabia muito sobre mim. Ela sabia que eu não sabia nada sobre ela. Nada além do que ela queria que eu soubesse. Mulher forte, decidida, misteriosa, objeto de desejo e perdição de todo e qualquer homem. Eu era moleque novo, me perdi fácil, fácil. Perdi também os amigos. E os sonhos. E a identidade. E eu podia perder mais, podia perder tudo. Tudo menos ela. Porque ela era tudo para mim e eu não era nada sem ela. Os anos passaram... E de moleque franzino passei a homem não tão franzino assim. Ela não gostava de magricelos. Gostava de braços fortes, pernas grossas, peitoral definido. E eu era assim, no molde exato, exatamente o que ela gostava. E embora homem feito, permaneci seu menino. Ou para as más línguas, seu brinquedo, bichinho de estimação, gigolô. Meu pai me chamou assim e por isso paramos de nos falar. E por conta desse desentendimento também rompi laços com a minha mãe, com a minha irmã, com a minha avó. Mas pouco me importei. Nutria por ela um sentimento grandioso demais, não havia espaço para os outros na minha vida. Aquela mulher detinha o meu afeto e dominava o meu corpo. Amaria para sempre ela, apenas ela. Viveria para sempre com ela, por ela. Ela. Apenas ela. Tudo ela. Ela e eu. Eu e ela. Corpos destinados. Apaixonados. Condenados. Sim, eu estava disposto a cumprir a minha sentença. Ela não. E depois de sete anos, de uma hora para outra, sem mais nem menos, ela se cansou, enjoou, perdeu o tesão. Nem o meu corpo sarado a atraía mais. E quando ela me deixou, eu chorei. Chorei muito. Pois ela se foi e levou a minha juventude, o meu sonho, a minha alegria, a minha vida. Eu estava morto. Tão jovem e morto. Mas eu precisava viver. E eu queria viver.

Tornei-me homem quando percebi isso. E foi como homem que a tomei novamente em meus braços pela última vez. Ela sabia que quem estava naquela cama não era o seu menino, era um homem. Um homem não tão fácil de dominar. Por isso ela sentiu medo e desejo. Eu senti a sua fragilidade. Ela sentiu a paixão. Eu não senti nada. E foi sem nada sentir que acariciei os seus cabelos. E beijei os seus lábios. E toquei o seu corpo. E pescoço. Ela sentia muito, tanto que não se conteve e gritou que me amava. Sim, ela era minha. Finalmente ela era minha. Completamente minha. E eu podia fazer com ela o que bem entendesse. E eu fiz. Apertei com

com força o seu pescoço, proporcionei-a o prazer de sentir os meus braços fortes. Ela parecia agradecida, pois não reagiu. Depois, beijei-a ferozmente e respirei o ar de seu último suspiro. Ela estava morta. Sim, eu tirei a vida dela. E não me julgo criminoso, nem me arrependo.

Afinal, se era dela a minha vida, eu precisava da vida dela para voltar a viver.


Autora: Vanessa de A. Souza

Mr.Jones

3 comentários:

Sandra Franzoso disse...

Baby, excelente texto. Parabéns pela escolha!
Beijosssssssssss

Anônimo disse...

:O
Ai meu Deus eu sabia que esse menino tinha um lado negro.
Afinal, mesmo os mais doces dos meninos tem uma pontinha de gato feroz.
debby

G disse...

meu deus q texto é esse
animal mesmoooo
me indentifiquei muito com ele
serio to de cara parabens!

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