Comunicado Importante - 3 contos do blog serão publicados

É com muito orgulho que venho anunciar, que eu Debby Lennon e Sandra Franzoso iremos participar da antologia Jogos Criminais. A Antologia será lançada no dia 15/01/2011, Na Biblioteca Viriato Correa, situada a Rua Sena Madureira, 298 - Vila Mariana. Meus contos Anjo Perdido e Joana e Maria, já foram postados aqui no blog e agora está aperfeitoado e com mudanças no final,o mesmo acontece com o conto O Noivado da Sandra. Maiores informações em breve.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Operação Somália

Operação Somália - O Assassino

Autor: Carlos Donizetti
Sentado dentro do ônibus em movimento ele observava a rua. Não havia homensà vista àquela hora, ele seria o único se estivesse andando.
Para onde olhasse só via mulheres: algumas só, outras em grupo. O dia estava abafado demais e ele sentia a tensão que se apoderava sempre que faziaaquele percurso. Seu estômago doía e contraia-se à medida que o ônibus seaproximava do hospital.
Chegou. O ônibus havia parado ao lado do hospital. Saltei e caminhei rapidamente para o meu destino.
Ao se aproximar da porta de entrada, uma porta imponente feita de carvalhoantigo. Ele notou uma ambulância e alguns enfermeiros ajudando uma senhora adescer e sentar-se numa cadeira de rodas. Aquele sanatório era do tempo dodo império, mas muito bem conservado, pois sofrera ao longo dosséculos algumas reformas. O dono do prédio era descendente da antiga nobrezaportuguesa.
Deixando de lado a nova hóspede, dirigiu-se para o enfermeiro de plantão naportaria aquele dia. Enquanto entregava-lhe a ficha de entrada para assinar, o enfermeiro continuou vendo um TV de doze polegadas em preto e brancocumprimentando o visitante sem dar-lhe muita atenção.
-Bom dia senhor Erique?- Como está hoje?
-Estou muito bem, Miguel e o paciente como está?
-Passou na mesma!
-Muito bem!
Após esta breve interrupção, ele recebeu seu crachá de visita e seguiupelo corredor familiar.
Caminhava rápido cumprimentando todos que encontrava pelo caminho. Logoparou em frente a uma porta toda branca. Sentiu por um momento seu estômagocontrair novamente. Respirou bem fundo, empurrou a porta e entrou. O quartoestava na penumbra. Era uma suíte, e só havia uma cama com muitos aparelhosligados. No centro da cama um corpo. Olhando para o aparelho ligado ao narizpercebeu que o corpo se movia vagarosamente. A respiração estava normal.
Aproximou-se lentamente e puxou uma cadeira que sempre estava ali a suaespera. Sentou-se e ficou observando o peito subindo e descendo. Depois dealguns minutos teve coragem e finalmente levantou os olhos para encarar aquelerosto.
Um arrepio leve subiu por sua espinha ao se deparar com o rosto quasecompletamente deformado. Muitas cicatrizes e todos aqueles aparelhostornavam a aparência do doente assustadora.
Alguns minutos em silêncio e ele se inclinou para frente até quaseencostar os lábios no ouvido direito do doente. -Bom dia papai! -Como estápassando hoje?
Não obteve nenhuma reação.
-Sabe pai, o senhor não parece de todo ruim. Eu tenho uma grande notíciapara lhe dar hoje. Eu cheguei há seis meses aqui na Somália. Que lugarzinho nojento este. Mas não importa, eu mais uma vez consegui.
Ficou um pouco exaltado de repente e elevou um pouco o tom de voz.
-O que foi? Não acreditou que eu conseguiria?- Eu sempre consigo! Todos sãobaratas, baratas nojentas que eu esmago...
Percebendo que tinha se alterado voltou ao tom de quase sussurro. Nãohavia reação do homem deitado. Aquilo o deixava satisfeito a maioria dasvezes em que o visitava, mas em alguns dias aquela imobilidade o deixavafurioso.
Queria que o pai reagisse, que soubesse, que entendesse que este, não teriapodido acabar com ele, e que tinha sido justamente o contrário.
O pai estava em coma há seis anos.
Quando ele não estava trabalhando vinha todos os dias visitar o pai econtar-lhe o resultado dos seus trabalhos. Contava tudo em detalhes semprecom os lábios próximos a sua orelha direita. Quando se enfurecia socava ocorpo inerte do pai em locais que não deixassem marcas aparentes.
Ele não tinha um nome real, pois para a sociedade estava morto há muitosanos. No hospital era Erique. Somente seu pai sabia quem era. E seu paisabia que era um assassino.
Após torturar a mente quase alerta do pobre velho e progenitor, Erique levantou-se e saiu do hospital. Deixou o crachá na recepção e seu olhar cruzou com o de um homem de feições duras e muito atento com um terno claro muito bem cortado. De imediato, sua intuição lhe disse tratar-se de um policial, pois essa pessoa falava, andava, respirava e vestia-se como tal, e uma onda de ódio perspassou-lhe o espírito de imediato. Ficou atento à conversa dessa pessoa, o que prolongou um pouco mais sua saída, e soube que ele iria ao necrotério ver o corpo da última vítima do assassino. O policial olhou Erique com bastante atenção, seria mais um rosto entrando e saindo naquele hospital, todavia algo lhe chamou a atenção... O rosto daquele homem lembrava algo estranho, um animal talvez. Tudo não durou mais que poucos segundos, o suficiente para memorizar aqueles traços em sua mente de policial, coisa essa a que já estava acostumado devido aos longos anos de sua profissão. O policial seguiu o enfermeiro através dos corredores longos, brancos e até opressivos, e tentou evitar o forte cheiro de álcool, éter e doença. Na África é raro um hospital como aquele continuar funcionando em tão boas condições para a classe mais baixa da população; na verdade, seria mais condizente se o mesmo tivesse sido feito para a camada dos brancos da região, onde os negros seriam apenas meros funcionários. O necrotério ficava no subsolo, e vale a pena salientar que o corpo da vítima fora colocado lá por ordens suas. Em outras condições, seria entregue à família que trataria de sepultá-lo numa vala comum. Apesar de ignorados e excluídos, os corpos dos negros na Somália não poderiam continuar mortos e caídos no chão; os focos de revoltados e dissidentes aumentava cada vez mais e o confronto com a polícia e o exército era inevitável, aumentando cada vez mais o número de vítimas espalhadas pelo país. O som da bandeja sendo puxada tirou o policial de seus pensamentos, colocou o avental, as luvas e esperou o médico legista falar, enquanto lhe seguia as observações e conclusões. - Assim, ficaremos por demais íntimos, inspetor e, por favor, encontre logo esse monstro, pois estou farto de limpar as sujeiras dele! - Peter revelou com o ânimo de sempre. - Estou tentando, você sabe muito bem disso, mas o desgraçado parece um fantasma!-Indagou o policial. As pistas são ínfimas e o medo dos poucos que poderiam falar algo de concreto é maior do que poderíamos ouvir de palpável e coerente!-Falou o policial olhando o corpo com real interesse. - É, o medo é sua maior arma, e isso o tem ajudado muito! - O que temos hoje?- Mulher, aproximadamente trinta anos, com mutilações feitas no ventre e no peito.
Falou exibindo o corpo, fazendo o policial recuar ante o forte cheiro...- Hummmmm, pelo jeito, foi achado no lixo, hein!?- Olhe só quantos insetos saindo de sua boca e do nariz...- Pois é, ainda não dei um trato nela, sabe, muito serviço. Ela passou várias horas no aterro sanitário, além de estar morta a pelo menos umas vinte horas... Foi morta e desovada lá como os demais. O primeiro golpe foi na cabeça, e logo em seguida recebeu este talho na garganta e, depois, as demais perfurações no peito!- Que tipo de arma foi utilizada?- Hummmm, nada concluído ainda, mas tenho alguns moldes aqui, - veja, isso vai lhe dar uma idéia. - Peter afastou-se do policial e mostrou uma parte do material necróptico. - Veja, isto é do primeiro corpo, e lembra uma tesoura, e isto é do segundo, e lembra uma faca de lâmina curta, porém grossa e bastante afiada! O policial ficou olhando absortamente para o que lhe era mostrado e, de repente, ocorreu-lhe algo. - Onde estão seus instrumentos Peter?- Aqui senhor, - disse o legista, puxando um carrinho onde havia inúmeros instrumentos cortantes numa bandeja inox... - É, meu caro Peter, temos aqui dois fortes padrões, não acha?- Creio que esse assassino poderia muito bem ter utilizado, um a um, os instrumentos de trabalho de um médico legista!
Peter: - aparentemente sim detetive Lamar, mas eu descarto a hipótese de termos um Jack, o estripador aqui na Somália. Os outros assassinatos não têm as mesmas naturezas de ferimentos, e as vítimas deste assassino não são exclusivamente mulheres prostitutas, - não se esqueça que ele mata homens também.
Lamar: - você tem razão meu caro Peter, o corpo encontrado anterior a este, era de um homem que teve a cabeça decapitada por uma foice ou machado. Desculpe-me, tenho andado muito cansado e sentindo-me frustrado, pois já estou investigando este caso há seis meses e ainda não tenho uma pista se quer deste assassino. Enquanto isso, ele está lá fora espalhando pânico por toda a parte.
- Eu não investigava um caso assim há seis anos, o último foi o caso da família Herman que até hoje não foi esclarecido, se ao menos o velho Morgan não tivesse em coma teríamos alguma pista do que aconteceu aquela noite na mansão, já que ele foi o único sobrevivente do massacre.
- A propósito, quem era aquele homem que saiu agora pouco do hospital?
Peter: - o nome dele é Erique, já que você falou no caso do massacre da família Herman, coincidentemente, ele é o filho caçula do casal Herman, o velho Morgan não foi o único sobrevivente. Na noite do massacre ele viajou para a França para estudar medicina, quando soube do acontecido não deu mais notícia, não voltou para a Somália para acompanhar o enterro, e tampouco deu notícias, pensou-se até que ele estivesse morto.
- Chegou há poucos meses na Somália e hospedou-se num hotel, pois não quis ficar em sua casa onde ocorreu o massacre, sempre que pode vem visitar o pai.
Lamar: - muito estranho! Na época do crime ninguém ficou sabendo da existência deste Erique, supôs-se que o corpo carbonizado encontrado fosse o dele, mas como não foi possível identifica-lo, o caso foi arquivado e o cadáver enterrado como indigente. “Estranho!”
- Você sabe que hotel ele está hospedado Peter?
-Não. O homem é de pouca conversa, não gosta muito de ser visto porque na infância contraiu uma moléstia que deformou o seu rosto.
- Interessante! Bom Peter, eu estou cansado, vou para casa, cuide bem do corpo e comunique à família. Eu pegarei este assassino nem que seja a última coisa que eu faça.
Peter: - tudo bem detetive, boa tarde e cuide-se também! Este assassino não é comum,ele parece que brinca, joga e observa-nos. É como se nós fossemos a caça do predador!
O detetive Lamar era um perito em desvendar crimes sem solução e sentia-se frustrado por não ter nenhuma pista deste assassino. Infelizmente para sua desgraça ele estava perto de desvendar esse mistério, mas o quê ele não sabia é que quanto mais perto ficava de desvendá-lo, sua vida corria perigo.
Erique não era um assassino comum, ele tinha uma inteligência maligna, doentia, sabia matar com dor física e psicológica suas vítimas, não deixava nenhum tipo de rastro que o comprometesse ou o descobrisse. Ele era o que os psicanalistas chamam de sociopata: - ele pode matar inúmeras pessoas e, simplesmente, não se sentir mal com isso, - um sociopata não tem consciência e nem sentimento de culpa, - para um sociopata, matar é tão essencial como respirar!
O velho Morgan, seu pai, sabia disso, talvez, se pudesse matá-lo quando pôde, tê-lo-ia feito, e hoje não estaria preso em coma a uma cama de hospital vitimado pela maldade de Erique.
Por volta das vinte e uma horas o detetive Lamar chegou ao seu apartamento, abriu a porta, entrou e ao acender a luz, foi atacado pelas costas com um forte golpe de gravata em seu pescoço e desarmado também.
À frente de Lamar havia um espelho, e ele pode ver que o homem que o atacara era Erique, sim, aquele mesmo rosto deformado e aterrorizante que lembrava um animal de espécie desconhecida, o mesmo rosto que ele viu no hospital àquela tarde, e que usando apenas o braço direito, estrangulava-o, ao mesmo tempo em que o suspendia do chão pelo pescoço.
Lamar tentou de todas as formas defender-se do terrível inimigo,usava as mão, esperneava, mas tudo foi inútil, pois Erique tinha uma força sobrenatural. Diante de tamanha força, Lamar sucumbiu até perder os sentidos.
Ao recobrar a consciência, ainda meio tonto, sem noção de tempo, Lamar encontrava-se na mansão da família Herman, onde ele há seis anos investigou um crime que abalou toda a Somália. Ele estava acorrentado pela perna direita à parede em um dos cômodos da casa.
De repente uma voz assustadora deu-lhe as boas-vindas: - era Erique, e trazia consigo empurrando numa cadeira de rodas o velho Morgan, seu pai, e algumas ferramentas usadas em obras de alvenaria.
Erique: - boa noite detetive Lamar, antes de tudo, quero dizer que o senhor não sairá daqui com vida. – Pode gritar, berrar o quanto quiser porque ninguém o ouvirá.
- Vejam só! O senhor achou mesmo que eu iria permitir que o senhor atrapalhasse a minha diversão matando as pessoas? – Nããão!!!
- O seu amigo Peter cuidou muito bem do meu pai estes últimos seis anos, mas o segredo de um bom assassino é agir sem ser percebido, foi assim que tirei o meu pai do hospital sem ser visto. E tem mais, ele não encontrará naqueles corpos nenhuma prova que me incrimine, - mas se ele não entender a mensagem que eu vou mandar para ele, este, terá o mesmo destino do senhor. Ah! Ah! A! Ah! Ah! Ah!
- Lamar ouvia calado e aterrorizado o monstro falar!
Enquanto isso, Erique dobrou uma parte do tapete que ficava no meio da sala, pegou a picareta e arrebentou uma parte da cerâmica do piso. Na seqüência começou a cavar uma fossa no chão.
- Lamar ficou olhando apavorado sem entender o que aquele louco queria.
- Erique cavou uma fossa de dois metros de comprimento e sessenta centímetros de profundidade.
Erique: - bem detetive, antes de continuarmos a brincadeira, eu preciso esclarecer e confessar algumas coisas do nosso passado para o senhor.
Primeira: - eu sou o assassino que aterrorizando a Somália nos últimos seis meses, e o motivo é o simples prazer de matar!
Segunda: - há seis anos atrás, eu fui o responsável pelo massacre da minha família nesta casa.
- Ora, meus pais sempre rejeitaram-me devido a minha doença, desde a infância à adolescência eu nunca vi a luz do Sol, trancafiado no maldito porão. Enquanto meu irmão mais velho Erique era o centro das atenções.
- Nesse período de tempo sucumbiu em mim tudo que restava de bom, peguei ódio por toda a humanidade e jurei que mataria minha família e todas as pessoas que me rejeitaram ou que viessem a atrapalhar os meus planos.
- Um dia, este velho aqui esqueceu a porta do porão aberta, eu saí, peguei a machadinha e fui ao quarto do meu irmão Erique. Acordei o infeliz, pois queria ver o terror nos olhos dele antes de matá-lo.
- Trêmulo, Erique implorou para eu não mata-lo, mas com um golpe certeiro na testa eu despachei o infeliz para o inferno.
- Os próximos seriam os meus pais, mas com eles seria diferente, eu queria fazê-los sofrer para eles pagarem os maus tratos que me infligiram, apanhei o taco de baseball do meu irmão e dirigi-me ao quarto deles.
- Sabia que se os acordasse não poderia matá-los de uma vez sem alarmar a vizinhança, então, dei o primeiro golpe na cabeça de meu pai, e o segundo, na cabeça da minha mãe, e depois foram inúmeros golpes na cabeça de ambos.
- Satisfeito! O passo seguinte era fazer com que parecesse um assalto seguido de morte, mas como precisava da identidade de Erique e ninguém sabia da existência, resolvi atear fogo no corpo do meu irmão.
- Eu sabia que ele viajaria para França por um tempo indeterminado, e com o corpo completamente carbonizado, ninguém saberia que se tratava de Erique, então eu poderia agir sem que a polícia soubesse de quem se tratava. O próximo passo foi sumir com os pertences de valor da família, apagar as minhas impressões digitais e sair de casa o mais rápido possível.
- Passado pouco tempo antes de viajar para França, soube pelos jornais que meu pai tinha sobrevivido de forma milagrosa a ação de uma gangue que assaltou nossa casa,- mataram sua esposa e carbonizaram um corpo que não foi possível ser identificado. Os bandidos levaram jóias e dinheiro, mas não deixaram nenhuma pista, e embora tenha sobrevivido, o senhor Morgan Herman encontrava-se em estado de coma profundo.
A polícia tentou localizar o filho Erique, mas não obteve sucesso. – Ao obter estas informações, ainda pensei em ir ao hospital para dar cabo ao meu trabalho, mas hesitei, decidi viajar para a França e ficar lá por uns tempos até a poeira baixar aqui na Somália.
- Na França cometi inúmeros homicídios que também ficaram sem solução. Passados seis anos, retornei à Somália, visitei nossa mansão e encontrei tudo igual ao passado, - confesso que tais recordações causaram-me um certo tormento, mas nada que não pôde ser superado com o passar do tempo.
- Neste período comecei uma série de homicídios aqui na Somália, tudo estava indo bem até o senhor começar a se intrometer, - mas suas intromissões acabam aqui. Enquanto ao meu pai, não repetirei o mesmo erro que ele cometeu comigo, não deixarei passar esta chance de matá-lo, afinal, ele não passa de um cadáver vivo e eu só preciso enterrá-lo.
Então, Erique pegou o velho Morgan da cadeira de rodas, deitou-o na cova que ele havia cavado na sala, cruzou seus braços sobre o peito e começou a enterrar o velho.
- Lamar assistia àquela cena, tácito, aterrorizado, mas então, criou coragem e gritou:
- Quem é você maldito!?
E o homem que até então chamava-se Erique Herman suspendeu sua atividade por um instante e falou:
- Meu nome é Isaac Herman, filho caçula da família Herman e acabarei com qualquer um que atravesse o meu caminho.
Lamar então começou a tremer de medo e a berrar pedindo em vão por socorro, pois ninguém poderia ouvi-lo.
Isaac Herman jogou a última de terra na cova de seu pai, arranjou cimento, areia, uma cerâmica idêntica ao daquele piso, preparou uma argamassa, assentou as de maneira similar ao restante da casa, limpou todo o local e concluiu a sua tarefa.
Na manhã do dia seguinte, o hospital estava ema alerta com o desaparecimento do velho Morgan, - ninguém vira nada de suspeito durante a noite. Peter encontrava-se no necrotério do hospital esperando o detetive Lamar quando uma equipe de enfermeiros chegou apreensivo com um latão de lixo endereçado a ele.
Peter viu que o conteúdo da lata era muito pesado porque os enfermeiros carregavam-no com bastante dificuldade.
Perguntou do que se tratava, mas responderam apenas que a lata apareceu à porta do hospital endereçada a ele e ninguém viu quem a deixou.
Abriu a tampa, pediu ajuda aos enfermeiros para tirar um saco plástico de cor preta de seu interior e colocaram-no sobre a mesa de autópsia.
Ao abrir o saco, o terror tomou conta de Peter e dos enfermeiros, pois no seu interior achava-se o corpo do detetive Lamar completamente picadinho!
O velho Morgan foi sepultado ainda com vida na mansão Herman, - o detetive Lamar foi esquartejado vivo por Isaac Herman,- Peter e os enfermeiros não sabem quem é o maníaco homicida,- mas nós sabemos!
Isaac Herman continua a solta espalhando pânico pela Somália!
Há alguém corajoso ou louco o suficiente que topa encarar a operação Somália- o assassino, e deter este monstro?

Fim

2 comentários:

Sandra Franzoso disse...

Fascinante! Texto incrível, um terror realmente!

Rose Red disse...

Muito bom, Carlos! Mas sem querer ser chata vou fazer uma pequena correção. Aterro sanitário não fede, nem tem lixo espalhado, pois o lixo fica todo embaixo da terra. O lixão sim fede e tem lixo espalhado por toda parte.

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